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Obesidade Infantil: Um Problema Além da Balança



O mundo está, cada dia que passa, mais obeso. E a grande preocupação para nós, profissionais de saúde, é como tem crescido a obesidade infantil. Um estudo realizado pelo Imperial College, de Londres, junto com a Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que 9,4% das meninas e 12,7% dos meninos em todo o mundo estão apresentando obesidade. A pesquisa comparou informações sobre o peso de 130 milhões de pessoas em 200 países. E não é só isso: a OMS estima que em 2025 haverá 75 milhões de crianças obesas no planeta. Desse grupo teremos 427 milhões de crianças com complicações como o diabetes, 1 milhão sofrendo de hipertensão arterial e 1,4 milhão com esteatose hepática (excesso de gordura no fígado).


É para se preocupar? Sim. Mas, podemo evitar isso? Com certeza! Pequenas mudanças, possíveis para todos, podem ser adotadas agora e termos uma mudança drástica nesse quadro. Só depende de nós.

  • Primeira providência é termos a consciência de que obesidade é uma doença, e se ela acontece na fase infantil, seu filho terá boas chances de crescer com ela até a fase adulta.

  • Depois é pensar em como está a alimentação de todos: os hábitos determinam um comportamento presente que se estenderá no futuro. Quanto mais cedo a alimentação for melhor, mais ela fará parte do nosso hábito.

  • Outro ponto importante é o sedentarismo: precisamos gastar energia, crianças precisam gastar energia. Elas precisam ter mais atividades ao ar livre e menos tempo em frente a televisão e no computador. Além de auxiliar o ganho de peso, a atividade física traz benefícios para o funcionamento do corpo e ajuda na interação social, sendo benéfica para nossa mente também.

Pensando na alimentação, um ponto que ganha destaque negativo é o alto consumo de alimentos industrializados, cheios de gordura e açúcar. Esse tipo de alimentação, junto com a falta de atividade física, um intestino irregular, que é o que chamamos de disbiose, poucas horas são alguns dos fatores que contribuem para essa epidemia.


Como podemos ver, são tantos fatores que influenciam o problema, que fica fácil de entender porque é tão difícil resolve-lo. Além disso, o nosso problema não está apenas em casa. O governo também tem sua parcela nessa questão, tratando esse tema com a seriedade devida, melhorando a rotulagem dos produtos, incentivando o consumidor a ter crítica quanto ao que consome e trabalhando junto as indústrias de alimentos para que se tenha opções mais saudáveis nas prateleiras. Enquanto torcemos por isso, que tal fazer algumas mudanças em casa:

  • Amamentar até os 2 anos de idade ou mais: criança que mama no peite tem menor chance de desenvolver sobrepeso e obesidade, além de todos os benefícios que ela pode trazer como o desenvolvimento adequado e aumento da imunidade.

  • Fórmulas infantis devem ser usadas com orientação de um nutricionista: este profissional saberá a real necessidade de sua utilização, o quanto e em que momento elas deverão ser utilizadas.

  • Pais são o exemplo: seu filho só irá comer legumes e verduras se ver você comendo também.

  • Até os 2 anos de idade não se deve dar açúcar as crianças: mesmo assim, ele não deve ser incentivado nem utilizado por crianças maiores. Quanto menos dele se utilizar, mais saudável será a alimentação.

  • Aceite quando seu filho não quiser comer tudo: forçar a criança a comer um prato de comida cheio, mesmo que ela não esteja com vontade, estimula a compulsão alimentar e não deixa que os mecanismos que regulam o apetite e a saciedade possam trabalhar de forma adequada.

  • A alimentação deve ser variada: a monotonia leva a criança a perder o interesse pela comida.

  • Brincar é necessário: toda criança deve gastar a energia, coisa que eles tem de sobra. Correr, pular, se divertir com outras crianças também faz parte de uma vida saudável

  • Respeite as emoções: situações de estresse vividas pelos pequenos podem desencadear uma compulsão alimentar, como forma de aliviar o stress. Converse com seu filho e interaja com o mundo dele.

Lembre-se sempre: eles ainda estão crescendo e desenvolvendo e cabe a nós, adultos, colocarmos os limites. Isso é amor. Isso é cuidado responsável.

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